Os 10 melhores álbuns colaborativos do The Alchemist: Classificação
- 24/11/2025
Poucos produtores de Hip Hop dominaram a arte do álbum colaborativo como The Alchemist .
Se considerarmos apenas seus sucessos clássicos (como "We Gonna Make It" do Jadakiss ), faixas menos conhecidas (como "The Realest" do Mobb Deep ) e músicas de diss impactantes (como "Meet the Grahams" do Kendrick Lamar ), Alan Maman certamente se classificaria como um dos maiores produtores de rap de todos os tempos.
Mas o que também diferencia o veterano viciado em batidas é seu enorme catálogo de álbuns com outros artistas — mais de 40, na verdade. Isso é mais do que o número de anos que ele está na ativa.
Discípulo de DJ Muggs e DJ Premier , a primeira incursão de The Alchemist em colaborações de longa duração aconteceu em 2003 com Heavy Surveillance , um raro projeto de nove faixas que ele produziu para seus conterrâneos de Los Angeles, o Dilated Peoples (que conta com seu amigo e colaborador próximo, Evidence, entre seus membros).
Desde então, Uncle Al forjou parcerias com MCs de todo o espectro do Hip Hop e lançou projetos em um ritmo incansável, seja com rappers de rua como Prodigy , Freddie Gibbs e Boldy James , técnicos líricos como Earl Sweatshirt , Roc Marciano e Conway The Machine ou traficantes de maconha como Curren$y e Larry June .
Não importa quem entre em seu laboratório em Santa Monica, o Cientista Louco sempre encontra uma maneira de adaptar seu som enganosamente versátil ao seu colaborador e extrair o melhor dele (e, em alguns casos, revelar lados inexplorados de seu arsenal artístico). Há um motivo para sua longa série de fitas instrumentais se chamar " O Melhor Amigo do Rapper" .
“Produzir é mais psicologia do que tecnologia”, disse ele em uma entrevista de 2021 para a Idea Generation . “Grande parte disso é saber como se comunicar com um artista para obter a melhor versão dele. Você não vai tirar sangue de uma pedra; não dá para entrar lá e forçar alguém a fazer algo. Essa nunca foi a minha técnica. Quero que eles se mantenham confiantes.”
Ao analisar sua longa carreira, a amplitude e a profundidade da discografia de The Alchemist refletem o lugar especial que ele ocupa no mundo do rap: um produtor amplamente respeitado que une gerações, regiões e vertentes do Hip Hop, e cuja marca é há muito tempo sinônimo de qualidade envolvente e pureza intransigente.
Sua produção apenas nos últimos 10 anos — o período mais prolífico de sua carreira — nos faz questionar se o homem tem o melhor Merlot de Bordeaux correndo em suas veias, porque ele parece ficar cada vez melhor com a idade.
Como era de se esperar, The Alchemist já começou o ano com tudo, lançando " Life is Beautiful" com Larry June e 2 Chainz e formando um duo com Yasiin Bey (ex-Mos Def) chamado The Forensics , cujo primeiro álbum será lançado no Bandcamp no próximo mês. Pelo que parece, ele está apenas começando. "Não vou mentir, parece que este ano tem potencial para ser o melhor ano da minha carreira", disse ele recentemente à Rolling Stone .
Abaixo, o HipHopDX classifica os 10 melhores álbuns colaborativos de The Alchemist até o momento.
10. No Idols com Domo Genesis (2012)
Um dos trabalhos mais subestimados do catálogo de The Alchemist, No Idols exemplifica seus dias de "acampamento de rap", quando ele recebia qualquer rapper com a mesma mentalidade em seu estúdio em Santa Monica para absorver a magia que ali se desenrolava. O resultado é uma vitrine estelar de feras da era dos blogs, com versos improvisados de artistas como Earl Sweatshirt, Tyler, The Creator e Vince Staples, além de Freddie Gibbs, Action Bronson e SpaceGhostPurrp.
Para não ficar atrás em sua própria mixtape, Domo Genesis se destaca e abrilhanta a produção psicodélica de Al com uma profusão de flows precisos, rimas inteligentes e arrogantes, e odes ao sucesso, à irmandade e a Buda. Os fãs do Odd Future sabem que Doms sempre foi a arma secreta do grupo.
9. Lustres raros com Action Bronson (2012)
Um clássico da era dos blogs que ainda não chegou às plataformas de streaming, Rare Chandeliers é tão insano quanto a própria arte da capa. Embora seja a primeira de uma longa série de colaborações entre The Alchemist e Action Bronson, a química entre eles é imediatamente evidente, com a produção de Al, uma mistura de boom bap e rock psicodélico, servindo de base para as rimas hilárias e extravagantes de Bam Bam.
Precursor musical do programa de viagens e gastronomia " Fuck, That's Delicious" , "Rare Chandeliers" é exatamente o tipo de música que você esperaria de dois amigos que viajariam o mundo juntos, experimentando a melhor culinária, bebendo até cair e zoando um ao outro de forma bem-humorada.
8. Fetti com Freddie Gibbs e Curren$y (2018)
Uma entrada de 24 minutos para o que viria a ser Alfredo e um refresco para o paladar após Covert Coup e The Carrollton Heist , Fetti reuniu dois dos colaboradores mais fortes de O Alquimista — e não decepcionou.
Dando continuidade a uma série de colaborações anteriores que sugeriam que eles eram uma dupla prestes a acontecer, o álbum curto, porém impactante, misturou os estilos respectivos de Freddie Gibbs e Curren$y sobre as batidas descontraídas de Al, com samples de Blaxploitation. Enquanto Spitta dirigia carros antigos e fumava muita maconha, Gangsta Gibbs vendia a droga aos quilos (junto com outras coisas), atravessando o muro de Trump na fronteira e prendendo sua família no processo. Ambos contavam quantias exorbitantes de dinheiro.
Infelizmente, as chances de um novo trabalho do trio são mínimas. Depois de Curren$y ter colaborado com os rivais de Gibbs no rap, Benny The Butcher e Jim Jones, em seu álbum Vices , de 2023 , o rapper de Gary, Indiana, se manifestou nas redes sociais e descartou uma possível sequência . Ele também acusou o piloto da Jet Life de "desrespeitar" Fetti e de não promover adequadamente o projeto por meio de videoclipes ou apresentações ao vivo.
7. Voir Dire com Earl Sweatshirt (2023)
Voir Dire foi envolto em mistério durante anos antes de seu lançamento, e não apenas por causa de seu título com sonoridade estrangeira (que significa "diga a verdade" em francês e foi inspirado no jargão jurídico da mãe de Earl Sweatshirt, professora de direito). Anunciado inicialmente em 2019 como um álbum secreto escondido no YouTube sob um nome falso, o projeto foi finalmente lançado como um NFT em 2023, antes de ser disponibilizado em plataformas de streaming meses depois (embora com uma lista de faixas ligeiramente alterada).
Independentemente da versão que você tenha na sua coleção, a espera valeu a pena. Fruto de uma década de amizade e parceria profissional, Voir Dire apresenta algumas das batidas mais singulares e ecléticas do The Alchemist — como a vibe blues peculiar de “Vin Skully” ou o sample brega de soul dos anos 80 em “Heat Check”. Mas ainda há alguns clássicos do The Alchemist para curtir, como “The Caliphate” e “27 Braids”, que satisfazem aquela vontade de um bom e velho rap de rua.
Seja com Al lançando bolas curvas ou mirando direto no meio, Earl Sweatshirt rebate como só ele sabe e manda a bola para fora do campo todas as vezes. Além de duas faixas estelares com Vince Staples, o Daz Dillinger para o Kurupt de Earl , o destaque do álbum é o final emocionante, com uma referência a Drakeo The Ruler , "Free the Ruler", que é a música da qual Earl mais se orgulha. "Se eu deixasse a Terra, eu ficaria bem por causa dessa música", disse ele ao The Guardian .
6. A Grande Fuga com Larry June (2023)
É quase chocante ouvir que The Alchemist inicialmente não tinha certeza se ele e Larry June se encaixariam criativamente antes de começarem a trabalhar juntos, porque é difícil pensar em dois artistas que se combinem com tanta facilidade em um álbum como The Great Escape . Batizado em homenagem ao clássico filme de Steve McQueen (uma ideia surgida ao folhear uma edição da revista de estilo de vida sofisticada Robb Report ), o projeto combina perfeitamente as batidas luxuosas e descontraídas de Al com as rimas suaves e sedutoras do rapper da Bay Area sobre paquera, dinheiro e investir em si mesmo nos negócios (três letras: LLC).
Feche os olhos enquanto ouve The Great Escape e você juraria que está passeando sob o sol da Califórnia em um Porsche conversível clássico com a garota dos seus sonhos no banco do passageiro e renda passiva entrando na sua conta bancária. Parabéns, Larry e Alan.
5. O retorno do Mac com o Prodigy (2007)
Um dos amigos e colaboradores mais próximos de The Alchemist, a relação de Prodigy com o produtor remonta ao final dos anos 90, quando Al conquistou alguns de seus primeiros créditos importantes como produtor no álbum Murda Muzik do Mobb Deep . Após uma série de colaborações subsequentes, incluindo a faixa favorita dos fãs do álbum 1st Infantry , "Hold You Down", os dois amigos consolidaram seu vínculo no segundo álbum solo de P, Return of the Mac .
O projeto pode não ter tido um hit como "Keep It Thoro", um destaque produzido por Alchemist em sua estreia pela HNIC , mas compensou de sobra com brilhantismo temático, com Albert Johnson e Alan Maman combinando influências do Blaxploitation e da máfia em um clássico de assalto com diálogos afiados. Vida longa ao Prodigy.
4. O preço do chá na China com Boldy James (2020)
Eminem , Danny Brown , Big Sean , Royce Da 5'9″ — O Alquimista tem uma ligação especial com rappers de Detroit. Mas sua relação mais frutífera na Cidade do Motor é com Boldy James.
A dupla começou a trabalhar junta há mais de uma década — muito antes de Boldy conquistar a base de fãs leais que tem hoje — e já criaram cinco projetos completos, incluindo My 1st Chemistry Set , Super Tecmo Bo e Bo Jackson .
O álbum "The Price of Tea in China" é indiscutivelmente o ápice da parceria entre eles. A produção austera e minimalista de The Alchemist dá vida às histórias de rua impassíveis de Boldy, conferindo uma batida ameaçadora aos seus hinos de traficante ("Scrape the Bowl", "Slow Roll") e uma sensibilidade comovente aos seus momentos mais introspectivos ("Carruth").
3. Os Ossos do Homem Elefante com Roc Marciano (2022)
Tendo produzido a maior parte de seus influentes álbuns solo (com exceção de alguns destaques produzidos por Alchemist), Roc Marciano não precisa de ajuda na produção. Mas quando os dois reis do underground finalmente uniram forças em 2022 para The Elephant Man's Bones , criaram uma joia da coroa da cena que ambos ajudaram a cultivar e elevar ao longo dos anos.
Apesar de virem de costas opostas (Marci de Long Island; Al de Los Angeles), seus estilos formam uma entidade simbiótica no álbum. A produção minimalista, porém sinistra, do Tio Al adiciona um toque dramático às ameaças ameaçadoras e frases de efeito sarcásticas de Marci, como um diretor enquadrando um ator em um filme noir de gângsteres. Para completar a experiência cinematográfica, há uma participação especial arrepiante do próprio rapper cafetão original, Ice-T .
A dupla voltou a trabalhar junta no ano passado para o seu segundo (de muitos, esperamos) trabalho em conjunto, The Skeleton Key . "Estamos muito em sintonia", disse The Alchemist à Rolling Stone sobre a parceria. "Semelhante à sintonia que eu tinha com o Prodigy. Dois artistas completamente diferentes, mas havia uma [parceria] no ritmo. É raro encontrar conexões assim com outros artistas."
2. Covert Coup com Curren$y (2011)
Covert Coup foi onde a atual (e aparentemente interminável) sequência de sucessos de The Alchemist realmente começou. Originalmente lançado gratuitamente (após muita insistência do antenado em internet Curren$y), foi o primeiro projeto que o produtor disponibilizou para os fãs e abriu seus olhos para oportunidades fora do sistema tradicional de gravadoras, estabelecendo o modelo para sua bem-sucedida carreira independente. " Covert Coup mudou tudo na minha cabeça porque eu nunca tinha pensado dessa forma antes", disse ele à Idea Generation .
A música em si continua sendo um ponto alto (sem trocadilho) nas discografias de ambos os artistas. De hinos stoner atmosféricos como "Smoke Break" e "Ventilation" a músicas motivacionais sobre ganhar dinheiro como "Full Metal", a combinação das rimas suaves, porém enérgicas, de Spitta com os loops hipnóticos e hidropônicos de Uncle Al é potente o suficiente para causar uma onda instantânea. Devido à grande procura, Covert Coup foi relançado em serviços de streaming em 2022.
1. Alfredo com Freddie Gibbs (2020)
Inspirado em filmes clássicos de máfia e ícones negros como Michael Jordan e Clarence Avant, Alfredo é uma obra-prima moderna do rap mafioso — e indiscutivelmente um dos poucos álbuns clássicos de hip hop da década atual. O Alchemist admitiu que inicialmente estava "nervoso" em fazer um álbum com Freddie Gibbs, dado seu aclamado trabalho com o produtor Madlib ( Piñata , Bandana ), mas essa pressão só gerou diamantes, já que Alfredo contém sua coleção de batidas mais cinematográfica até o momento.
Gangsta Gibbs também está em ótima forma. Rima como se estivesse pagando aluguel, contas e pensão alimentícia, ele ataca "1985" e "God is Perfect" com flows divinos e a ferocidade de Lúcifer, insere sermões de Black Power misturados com Thug Life em "Scottie Beam" e "Something to Rap About", e expõe suas cicatrizes em "Skinny Suge". Cada música do projeto impecável de 10 faixas soa como duas peças de um quebra-cabeça se encaixando perfeitamente, formando uma imagem que merece ser emoldurada em ouro no Louvre.
Alfredo foi merecidamente indicado para Melhor Álbum de Rap no Grammy Awards de 2021, garantindo a The Alchemist e Gibbs suas primeiras indicações como artistas principais. Esperamos que a dupla volte logo à cozinha para criar mais uma obra-prima.
Menções honrosas:
• Bo Jackson com Boldy James (2021)
• Albert Einstein com Prodigy (2013)
• Faith is a Rock com MIKE & Wiki (2023)
• Haram com Armand Hammer (2021)
• LULU com Conway The Machine (2020)
